segunda-feira, 26 de maio de 2008

DO ACASO À INTENÇÃO.

Quando estudamos “Classificação - Seriação e Construção de Gráfico)” na interdisciplina de Matemática, eu estava trabalhando com meus alunos de 4ª série, na disciplina de geografia, “Meios de Orientação e Localização no Espaço”. Havia planejado uma aula teórica com algumas atividades práticas, onde na atividade final os alunos teriam que desenhar o caminho (mapa) de sua casa até a escola. Na interdisciplina de matemática tínhamos como proposta a elaboração de uma atividade que contemplasse “classificação – seriação e construção de gráfico”. Logo me ocorreu que poderia envolver esses conceitos na aula de geografia. Pedi então, como tarefa para casa que desenhassem o caminho da casa até a escola, observando o número de quadras. Na sala de aula pedi que contassem o número de quadras do desenho. O curioso é que durante a contagem do número das quadras, percebi que um aluno contava como uma quadra todo o trajeto de uma reta até dobrar uma esquina. Interroguei os alunos da turma sobre como entendiam o que representava uma quadra, para minha surpresa, houveram variadas interpretações, como por exemplo: Entendimento de que uma quadra é formada pelas ruas que se ligam num quadrado. Isto me lembrou a leitura do texto: “Do acaso à intenção em Estudos Sociais”, onde a autora menciona a importância do planejamento, a sua flexibilidade, a organização das ações e principalmente a atenção e a valorização que o professor deve ter em relação aos prévios conhecimentos e hipóteses que os alunos possuem.
Posteriormente pedi que se agrupassem de acordo com as quantidades iguais de quadras. Fizeram observações dos desenhos dos colegas do grupo. Então propus a construção de um gráfico, fazendo a explicação com exemplo no quadro. Logo distribuí fichinhas de diferentes cores para cada grupo e construímos coletivamente o gráfico.
O desenvolvimento desta atividade me fez refletir como podemos e devemos enriquecer nossas aulas trabalhando interdisciplinarmente, principalmente geografia e matemática.

sábado, 24 de maio de 2008

REPRESENTANDO COM DESENHOS

Após a leitura dos textos: (Tele) natureza e a construção do natural um olhar sobre imagens de natureza na publicidade e Repensando o ensino de ciências a partir de novas histórias da ciência, desenvolvi com meus alunos de 4ª série a atividade que fizemos na aula presencial de ciências, representação das palavras (desenhos). No decorrer da atividade além de averiguar as representações que possuíam das palavras propostas, foi possível conhecer um pouco mais os meus alunos. Pude perceber a capacidade que alguns apresentam em desenhar e também a falta de atenção de alguns alunos na leitura das palavras, como por exemplo: célula (celular), raiva (raiz).
No momento de fazermos a socialização do trabalho para ver desenhos idênticos, diferentes, difíceis e fáceis, me surpreendi com as explicações que davam para os colegas, por exemplo, da palavra ácido (língua ácida), apareceu também abacaxi e ácido “produto que queima”. Houve quem desenhou “ovo” para representar a palavra célula.
Relacionei o desenvolvimento desta atividade com as leituras dos textos e passei a me questionar das inúmeras vezes que introduzimos “matéria nova”, sem a mínima preocupação em saber o que o aluno já sabe ou como pensa a respeito do assunto novo, sem considerar as pré-concepções que ele possue.
Atualmente, como professora, procuro estar mais atenta aos interesses dos alunos, procuro escutá-los para conhecê-los melhor e para saber o que pensam e como pensam.