Na aula presencial de teatro, praticamos algumas brincadeiras. Entre tantas, teve uma que tínhamos que encostar ora na perna do colega da direita, ora na perna do colega da esquerda. A professora Celina ressaltou a importância que este tipo de brincadeira exerce na socialização dos alunos. Imediatamente pensei nas atitudes agressivas e a falta de tolerância que os meus alunos demonstram uns com os outros, pensei também nos raríssimos momentos que tenho oportunizado a integração, a descontração e a livre expressão dos meus alunos.
Na semana da criança, eu e minha colega que trabalha como P2 nas quartas séries, organizamos um momento de brincadeiras variadas com nossos alunos. Algumas brincadeiras foram escolhidas por nós e outras de livre escolha deles. Algumas das brincadeiras: corrida do saco, ovo na colher, estátua, zip zap, escravos de Jô, vivo morto e outras. O curioso é que a primeira brincadeira escolhida por eles e por unanimidade foi a brincadeira do “gato e o rato”. Comentei com eles que quando eu era criança, também brincava de gato e rato. Foi muito divertido. Me chamou muito a atenção o encantamento de uma das meninas, com o fato da professora estar brincando, outro fato interessante é que no momento de pegar na mão do colega para fazer o círculo, alguns meninos maiores se retraíram, ou melhor dizendo, demonstraram timidez em pegar na mão das meninas, outros disputavam para pegar na mão da professora.
Oportunizar o brincar, onde a criança possa expressar-se é muito importante para o seu desenvolvimento, pois “A BRINCADEIRA CONECTA A CRIANÇA COM ELA MESMA E COM O MUNDO”, conforme fala TÂNIA FURTADO, em sua entrevista. Tânia também menciona o afastamento progressivo do espírito lúdico, conforme vai avançando a série, penso que nós adultos é que contribuímos e muito para desclassificar o brincar. Depois destas aulas, leituras e atividades com meus alunos, tenho observado mais as crianças quando estão brincando. Tenho prestado muito mais atenção nas minhas filhas, a de 12 anos, que está na fase de cantar muito, e a de 8 anos, brinca de casinha com suas bonecas, é encantador. Em relação aos meus alunos já não chamo mais a atenção quando brincam, por exemplo de “adoleta”, “Ana Paula”, “soco-soco bate-bate”..., brincadeiras que são comuns na hora de organizar a “fila”, para ir para o refeitório ou recreio. Com o propósito de que os meus alunos mantenham vivo o espírito do brincar, tenho sugerido algumas brincadeiras que podem realizar no recreio, entre elas a que mais fluiu entre os meninos, e que está “bombando”, é o jogo de “PILICA”, ou “BOLITAS”. Posso dizer com certeza que estas interdisciplinas influenciaram na melhora das minhas práticas docentes, me sinto mais descontraída, menos dura com meus alunos e o gratificante são os comentários, que a aula estava boa; que foi a melhor aula que já tiveram, etc...
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