domingo, 9 de dezembro de 2007

A IMPORTÂNCIA DO EXPRESSAR E BRINCAR

Na aula presencial de teatro, praticamos algumas brincadeiras. Entre tantas, teve uma que tínhamos que encostar ora na perna do colega da direita, ora na perna do colega da esquerda. A professora Celina ressaltou a importância que este tipo de brincadeira exerce na socialização dos alunos. Imediatamente pensei nas atitudes agressivas e a falta de tolerância que os meus alunos demonstram uns com os outros, pensei também nos raríssimos momentos que tenho oportunizado a integração, a descontração e a livre expressão dos meus alunos.
Na semana da criança, eu e minha colega que trabalha como P2 nas quartas séries, organizamos um momento de brincadeiras variadas com nossos alunos. Algumas brincadeiras foram escolhidas por nós e outras de livre escolha deles. Algumas das brincadeiras: corrida do saco, ovo na colher, estátua, zip zap, escravos de Jô, vivo morto e outras. O curioso é que a primeira brincadeira escolhida por eles e por unanimidade foi a brincadeira do “gato e o rato”. Comentei com eles que quando eu era criança, também brincava de gato e rato. Foi muito divertido. Me chamou muito a atenção o encantamento de uma das meninas, com o fato da professora estar brincando, outro fato interessante é que no momento de pegar na mão do colega para fazer o círculo, alguns meninos maiores se retraíram, ou melhor dizendo, demonstraram timidez em pegar na mão das meninas, outros disputavam para pegar na mão da professora.
Oportunizar o brincar, onde a criança possa expressar-se é muito importante para o seu desenvolvimento, pois “A BRINCADEIRA CONECTA A CRIANÇA COM ELA MESMA E COM O MUNDO”, conforme fala TÂNIA FURTADO, em sua entrevista. Tânia também menciona o afastamento progressivo do espírito lúdico, conforme vai avançando a série, penso que nós adultos é que contribuímos e muito para desclassificar o brincar. Depois destas aulas, leituras e atividades com meus alunos, tenho observado mais as crianças quando estão brincando. Tenho prestado muito mais atenção nas minhas filhas, a de 12 anos, que está na fase de cantar muito, e a de 8 anos, brinca de casinha com suas bonecas, é encantador. Em relação aos meus alunos já não chamo mais a atenção quando brincam, por exemplo de “adoleta”, “Ana Paula”, “soco-soco bate-bate”..., brincadeiras que são comuns na hora de organizar a “fila”, para ir para o refeitório ou recreio. Com o propósito de que os meus alunos mantenham vivo o espírito do brincar, tenho sugerido algumas brincadeiras que podem realizar no recreio, entre elas a que mais fluiu entre os meninos, e que está “bombando”, é o jogo de “PILICA”, ou “BOLITAS”. Posso dizer com certeza que estas interdisciplinas influenciaram na melhora das minhas práticas docentes, me sinto mais descontraída, menos dura com meus alunos e o gratificante são os comentários, que a aula estava boa; que foi a melhor aula que já tiveram, etc...

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