Como já mencionei anteriormente, nunca tive um interesse muito grande por arte. Mas este ano quando soube do acontecimento da 6ª Bienal logo decidi que visitaria a exposição e levaria meus alunos de 4ª séries. Esse interesse foi despertado em função da disciplina de Artes Visuais que teríamos neste semestre no nosso curso. O fato de saber pouco sobre o assunto despertou a minha curiosidade, fui em busca de informações e conhecimentos, porque senti que era necessário saber mais para a realização das atividades do curso e também para enriquecer minhas práticas pedagógicas. Em nossa primeira aula presencial a professora Daniela nos informou que faríamos uma visita à 6ª Bienal, e que teríamos uma atividade relacionada ao assunto.
Fiz as leituras sugeridas do curso, pesquisei na internet e dialoguei com as colegas da escola que trabalham com as 4ª séries, nas disciplinas de “artes” e “língua portuguesa” e que possuem formação nas respectivas áreas, onde obtive riquíssimas informações. Entre minhas aprendizagens está a relação da arte com a literatura, no caso da 6ª Bienal do Mercosul, que tem como metáfora central “A Terceira Margem do Rio”, baseado na obra de Guimarães Rosa, que sugere uma conexão com a navegação e com a busca de novos significados e de novas realidades. Outro item a ressaltar na minha aprendizagem foi perceber a evolução da arte paralelamente com os períodos da história, atualmente contemporânea, como pode-se conferir na Mostra Jorge MACCHI e também na proposta das Mostras do Caís do Porto, que evocam a percepção da arte como atividade de questionamento e reflexão, bem como a valorização, a contemplação e o resgate do Rio.
A visita à 6ª Bienal foi de grande valia tanto para os alunos como para mim.
Um grupo dos alunos teve tutoria na Mostra de Jorge MACCHI ( Santander Cultural) e o outro grupo na Mostra ZONA FRANCA (Cais do Porto), sendo que todas as Mostras foram visitadas com breves explicações da professora de artes das turmas, que também acompanhou a visitação. Passamos pela FEIRA DO LIVRO e no GASÔMETRO (RBS), mas o encantamento dos alunos foi grande quando viram o Lago Guaíba, talvez por que já tinham estudado sobre ele e criaram uma expectativa.
O trabalho prático desenvolvido posterior a visita foi uma sessão de vídeo, onde puderam olhar as fotos e fazerem comentários. Entre os diversos comentários e curiosidades do que viram e aprenderam, esteve o Rio Guaíba, toda a sua história da época da colonização, utilidade e os atuais desafios em relação a sua preservação. A partir deste assunto propus uma pesquisa de poesias que falassem sobre o Rio Guaíba. Na aula seguinte os alunos fizeram a apresentação das poesias pesquisada. É importante ressaltar que os alunos se deram conta que os livros de história, além de possuírem muitas ilustrações que são obras de arte, também trazem muitas poesias referente aos conteúdos.
E finalmente, quero dizer que levei minhas duas filhas, de 8 e 10 anos, na 6ª Bienal do Mercosul e na Feira do Livro foi maravilhoso.
Estou muito satisfeita com as aprendizagens que a interdisciplina de Artes Visuais me proporcionou pessoalmente e profissionalmente.
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segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
APRENDENDO FAZER RELEITURA
Na atividade de releitura da Obra de Velásquez "As Meninas", me deparei com uma enorme dificuldade em interpretar e fazer a releitura desta obra, percebi como sabia pouco a respeito de "ARTES". Meu interesse por Artes nunca foi muito grande, por pensar que não necessitava ter um conhecimento mais aprofundado sobre este assunto e que isto cabia aos professores que lecionavam artes. Mas as leituras do Bloco I, que falam sobre o ensino das artes visuais, as atividades e as reflexões que fiz, me despertaram um olhar diferente que me fez estabelecer uma relação entre a arte e a história. Esta percepção da importância em conhecer um pouco mais sobre obras de arte, veio contribuir para o enriquecimento de minhas práticas em sala de aula e também na aprendizagem dos alunos. Exemplifico, citando os livros de história, que trazem uma verdadeira riqueza de obras de arte em suas ilustrações.
Nas aulas de história, 4ª série, disciplina em que atuo, passei a fazer uma exploração muito maior destas ilustrações, provocando no aluno descrições e interpretações orais, identificação de época, artistas, enfim o assunto que a obra retrata.
Em uma das aulas de história fizemos a leitura de uma obra de DEBRET, que retrata uma cena nas charqueadas gaúchas, do século XVIII. Foi surpreendente os detalhes observados pelos alunos, como por exemplo, uma cerca de madeira ao fundo, a identificação de que a maioria das pessoas da imagem eram negras, que o local era um campo, pois era plano e outras observações.
Através desta gravura de DEBRET os alunos conseguiram visualizar o cotidiano nas charqueadas, numa época antiga, complementando o conteúdo trabalhado. Era visível o interesse, a participação e o prazer com que faziam as contribuições.
Nas aulas de história, 4ª série, disciplina em que atuo, passei a fazer uma exploração muito maior destas ilustrações, provocando no aluno descrições e interpretações orais, identificação de época, artistas, enfim o assunto que a obra retrata.
Em uma das aulas de história fizemos a leitura de uma obra de DEBRET, que retrata uma cena nas charqueadas gaúchas, do século XVIII. Foi surpreendente os detalhes observados pelos alunos, como por exemplo, uma cerca de madeira ao fundo, a identificação de que a maioria das pessoas da imagem eram negras, que o local era um campo, pois era plano e outras observações.
Através desta gravura de DEBRET os alunos conseguiram visualizar o cotidiano nas charqueadas, numa época antiga, complementando o conteúdo trabalhado. Era visível o interesse, a participação e o prazer com que faziam as contribuições.
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